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experimentos


 Irei descrever meus treinos e exercícios,  para avaliar meu desempenho tanto físico quando de atuação,  farei um diário de bordo com todos os passo e resultado deste processo.
Fazer  treino sozinha exige muita dedicação e persistência  pois muito são os desânimos e problemas que nos atravessam para a não conclusão do trabalho, mas tenho que focar para obter resultados .



Em 2013 participei desta oficina de "Produção de Presença" e onde vou usar como metodologia para meu trabalho em performance.

Exercícios de como chegar a uma “Produção de Presença” partindo de uma possível prática individual de cada artista.


Primeiro dia

Participando da oficina “Produção de Presença” ministrada por André Masseno, ao longo de quatro dias, fui fazendo anotações sobre as práticas, onde irei descrever um pouco as inquietações deste processo e alguns passo a passo da minha forma de ver a vivência.


Alongar: bem pessoal, cada um com seu método.


Movimento do Balancinho: em pé com os joelhos sem flexionados movimentando para cima e para baixo. A característica deste movimento parece vibratório, o corpo vai encontrando o encaixe. E repetir deixando sair a voz, Durante 20 minutos


Corpo Fluido: Movimentos diversos sem que a técnica chegue, quando aparecer uma forma e um sentindo abandona e segue para outro movimento, perceber neste estado, mergulha em ti com relação ao outro. Durante 30 minutos


Tempo para uma conversa acerca das sensações e estados corporais.

Perguntas que viram ao decorrer das práticas:


Perceber como eu jogo o jogo e como eu resolvo?


Quais são as questões que me aparecem?


O que é movimentação?


As movimentações tem dar conta de um resultado, prática constante desorientação que foi proposto. Ver o processo e como findamos a questão do corpo e da voz nestes movimentos.


Chegar em um ponto podendo não dar conta do resultado, se colocar em risco de não saber sempre do ponto final. Se jogar um pouco na duvida abrindo caminho para outras possibilidades e trazendo a dita presença. A duvida é importante, só a visualidade não pode ser o foco como presença. Todo os estados remetem a sensações onde eu posso sentir com o estado da presença criada o cheiro, gosto entre outras.


O que acontece quando o performer apresenta e projeta um tensão que reproduz as memorias de quem as vê?


Esgaçar esse filtro para abrir canais, encontrar outros caminhos, experimentar o lugar do ócio se jogar para ver o que dá. Produção por via negativa que ativa a presença.


Quando podemos zerar? O que é zerar? E quais são os lugares que podemos zerar?


Neste sentindo é para cada performer em ser sincero com sigo mesmo em saber seus limites de acessar os estados. Um possível fazer dia a dia pode dar esse suporte de dispositivo de presença.


Intervalo almoço:


Retorno a atividade, se colocar no espaço, com o corpo a ativar seus estados.


Caminhada Circular: Todos caminhando de forma circular por todo o espaço com variações, nunca cortando o movimento circular, sente pode se rápido, lento podendo varias. 1h


Caminhada com o Colega: No fundo da sala, todo de frente para a mesma, cada um do lado do outro, em dupla, um colega conduz o outro pelo centro da cintura com uma palma da mão na base da coluna e a outra mão no topo da escápula, conduzindo o colega de leve a caminhar até a frente da sala, depois troca com o colega, quem conduzi-o a ser conduzido. Ir e vir 2X primeira caminhada com o olhar para frente depois com o olha atrás, sem exatamente olhar para trás, somente ampliando a visão.


Tempo para a conversa sobre a experiência:


A percepção de tempo que se modifica a entrega ao jogo proposto. O tempo que não se faz presente. Não pensar no fim, mas sim no meio, pensar tempo e espaço. A presença tem uma vibração. Coisas objetos tem presença. Pensar em “coisa” com essa presença é essa “coisa” que move e ativa a presença de cada um, voz que desprende do corpo de pessoas ou “coisa” entrando em estado de presença forte e potente em cena.


Como cada um vê sua presença?


Como estou comprometida comigo mesma?


Como cada um “geri” ou “gerência” a tarefa?


O que você escuta sobre as experiências?


O que é que tem na presença da não presença?


Temos que ficar atentos em nosso corpo e se podemos relacionar com nossa pratica, ativar outros imaginários que é amorfa: capaz de alterar sua forma para qualquer outra que desejar (transmorfo), mas a presença sendo a “grande questão”.

Segundo dia


O que os sentidos não consegue transmitir. Metafisica das expressões do cotidiano e suas potencias semânticas.


Corpo Fluido: Dança livre e sem o domínio de técnica dar um tempo para a técnica e encontrar outra forma, junto a dança explorar a visão como um espécie de transe.


Como é a possibilidade de deixar explorar outros lugares desconhecidos de movimentos?


E como você lida com o formato conhecido?


“Ligar o Foda-se”


Praticando o desprendimento descompromissado para mobilizar outro corpo, para nós mesmo nos surpreendermos com as possibilidades de aberturas. Perceber onde o projeto falhou, e onde pode-se encontrar outras formas e criações. Deixar o que te atravessa transpassar outros lugares em ações. Deixando o pensamento tropeçar junto com o corpo. Cuidar para não criar sentindo onde não tem nos movimentos livres. Isso pode impedir o fluxo deixando o corpo só ir em direção conhecida. Ver a experiência na realidade.


O que é deixar se levar pela a musica?


Cuidado com as certezas?


O fluxo de pensamento e necessário, será que as escolhas estão em harmonia com os desejos ou só é um disfarce de estão.


Colocar os dois em confronto

Escolha X Desejo
O que é a técnica para mim?
Onde entendo o lugar não produtivo?
Como pensar na coisa e se estamos efetivamente nela?
Como posso segurar a mina expectativa ?
Segurar o fluxo em obra, porque ele sempre fica continuo, jogo necessário, tentar colocar um ponto final.


Intervalo almoço:


Alongar 20 minutos


E como se o colega: com o colega te tivesse puxando, perceber as sensações; 20minutos

Corrida em circulo, dupla: Todos no fundo da sala, em duplas previamente selecionadas de preferência que tenham a mesma altura. O que conduz o colega coloca uma das mãos no quadril e a outra no coques. Correr com o colega ao lado, essa corrida tem o formato circular dar bordas até o centro do circulo; Todos tem que passar pela experiência;


Caminhar com esse norte de Circular;

Tecendo um tecido: Depois todos espalhados e o caminhar como se tivéssemos tecendo um tecido, em circulo, para de olhos fechados e sente o que acontece ao seu redor, volta a caminhar, isso continua até que todos parem, e de olhos fechados percebam que todos estão parados;

Exercício da cadeira em dupla: Logo após todos ficam sentados ao redor do centro da sala , já previamente separados em duplas cada um vai em um determinado ponto, com uma cadeira, o comando é simples, um senta o outro e o outro observa, sem combinações. Temos que ficar atentos a sintonia do outro.

Os outros participantes ficam observando nos cantos da sala, as duplas, que estão no centro, quem observar, tem que perceber os detalhes, mais tendo o cuidado de não ter um julgamento e expectativa de e seleciona ao exercício; “é auto reflexão sobre o Outro”
Para quem esta fazendo temos que perceber como se dar o sentar?
Depois que todos foram cada um entra e replica o movimento de sentar observar de deixar fluir, preenchendo o espaço vazio; Como podemos fazer isso de forma criativa?
O objeto também fala, pergunte para ele como ele pode te levar ?
Para onde o objeto pode te levar ?
Converse com seu próprio corpo, para saber o que ele quer?
Experimente outras possibilidades que não são de sua funcionalidade;

A cadeira como objeto de presença;
Confiar no que é absurdo e inverti, pode ser o que aproxima, assumir os riscos;

Terceiro dia


Alonga: Cada um faz o seu próprio alongamento;


Deitado no chão: Todos deitam no chão, ficando por um tempo; virando algumas vezes e percebendo como esse corpo se organiza, os pontos de apoios, a respiração que ritmo tem; depois de um tempo conta até (16) e muda por 4 vez, depois conta até (8) e muda 4vez assim vai (5), (2), (1)



Dança fluida : Dança de forma livre não ficando em nenhum movimento ou matriz, experimentar vários tipos, desapegar, visitar os movimentos e partir para outros. Ir na intensidade da visita por si só e não da forma; Mudança do pensamento, aberto as percepções, com as “coisas” que vem a tona.


É a “coisa” é lidar com a “coisa”, ela é “inominal” não tem nome;


Intervalo Almoço


Jogo do Olhar: Parado em um lugar que escolheu, olhando para esquerda, meio, depois para direita. Olhando para cima, meio, depois baixo. Temos que olhar mesmo.

Caminhadas do olho: Caminhar com em sentido circular e junto com o mesmo a cabeça que a companha o movimento, podendo ter torções por conta do olhar com a cabeça estar em uma direção que o corpo ainda esta em outro.


Posições do olhar com oposição e vai modificando, acrescentando musica instrumental e calma para deixar fluir o movimento e as torções confiança do grupo com a união de todo o conjunto.


OBS: Para quem tem miopia sofre um certa tensão do corpo no sentido oposto ao lado que se olha, tipo um reflexo se olho para esquerda o lado direito fica com uma tensão o ombro. Relato de uma participante Mariana Bandarra de Porto Alegre da oficina Produção de Presença.


Perceber as tarefas sobre camadas de possibilidades para ver o que acontece. Como se reorganiza mentalmente o corpo?


Caminhadas de grupos casuais: Todos caminhando e de acordo com a caminhada vai se aproximando de alguns grupos sendo este um encontro ao acaso, se sem líderes de direção e ação, esses grupos são em primeiro momentos de (2),(3),(4) pessoas fazendo a mesma coisa em ação, depois todo o grande grupo, juntos formando como se fosse um cardume de peixe, na mesma proposta de ação, onde ninguém é líder mas todos são guias do fluxo de andar junto no espaço sem no ritmo um do outro.


Grupo como um cardume de peixes e sempre com o sentindo circular do moviemto;
Orientando na ignorância para ver o que vai dar em detalhes e as “coisas” mais amplas. Estar no lugar reconhecer, estando mesmo no lugar, não fechar o planejamento.


A presença requer um preparo, tem que ter algo. “Experiênciar” o bonde andando, a presença é uma filosofia para encontrar algumas respostas mas também para perde-las. A presença pode ser relacional, presença como entendesse, a serviço de alguma “coisa”.


Presença é um processo do que um efeito, ela não é resultado, ela é uma “improdução” do desejo de rever e romper fronteiras de como me posicionar no mundo. Podemos considerar que ela pode ser um espaço de reconhecimento, é um coisa que esta sendo trapaceado. Podendo ser um inútil necessário. Aberto a múltiplos estímulos.

Como vamos lidar com o que serve e não serve para a forma?


Quarto dia


Alongar: cada um faz o seu procedimento de se alongar;


Balancinho: em pé, com os pés paralelos, sem flexionar os joelhos para cima e para baixo ficar por 20 minutos;


Dança livre: Dançar sem ou com musica de forma livre se sem se prender a nenhuma técnica, quando achar que esta na técnica muda;


Caminhar em circulo: Caminhar no local de maneira circular, no espaço em si mesma, e com movimentos em espiral por vezes;


Ficar em pé com os olhos fechados: Fazer as ações de caminhar, Balancinho, dançar, deitar no chão, por horas parar em pé ou deitada e ficar com os olhos fechados, sempre percebendo a respiração e o fluxo do copro;


Deitar do Chão: Deitar no chão ficar por 20 minutos na mesma posição, depois contar até (16), e muda de posição assim sucessivamente (15), (12), (10), (05), (02), (01) e levanta de olhos fechados todo o exercício, perceber o copo de hoje, e como ele esta as sensações;


O que ficou ou saiu?


Não da para garantir pela visualidade o que cada um experiência, não devemos cultivar a expectativa ela boicota o processo.
Depois de um tempo de preparo do corpo, o fluxo vai dando continuidade para acessar o que ficou de matriz na memória corporal.


Quando a “coisa” deixa de ser tarefa para ser experiência?


As potencias das “coisa”, o chão tem uma presença e temos que visitar por vezes porque só ficamos no sentido vertical no cotidiano, o horizontal também acessa potencias;
Banco que leva os movimentos: em grupos de (5) participantes, total de (3) grupos. Deixando ser levado pelo objeto que é o banco, com alguns comandos, carregar o banco e sentar, não tem obrigações de líderes, um espera pelo outro e vai se formando um conjunto sem comandos.

Quando acontece o fazer não fazendo?
E quando eu faço além do fazer?
Quanto esta tomando um caráter de representação?
Como estamos “na quilo” sem estar?
Onde percebo que estou não estando?
Uma coisa é o que queremos outra é outra se deixar levar-se, perceber o contorno da materialidade que no caso é o banco o próprio corpo;

O que é a presença? Esse é um lugar reflexivo, a dita “presença” ela esta na gente, ela esta na matéria das “coisas”.

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